Fim da checagem de fake news no Facebook e Instagram: Entenda por que isso aproxima Zuckerberg ainda mais de Trump.
- rodrigoeblog
- 7 de jan.
- 2 min de leitura
A Meta anunciou uma mudança significativa em sua abordagem para combater fake news, abandonando a checagem de fatos independente no Facebook e no Instagram. Agora, a empresa substituirá a checagem por "notas da comunidade", um modelo mais similar ao do X, no qual os próprios usuários terão a responsabilidade de comentar sobre a precisão das postagens.
Em um vídeo divulgado no blog da Meta nesta terça-feira (7/1), Mark Zuckerberg explicou que os moderadores profissionais tendem a ser "muito tendenciosos politicamente" e que chegou o momento de retornar às "raízes" da empresa, focando mais na liberdade de expressão. Joel Kaplan, chefe de políticas da Meta, também defendeu a mudança, dizendo que, embora a checagem independente tenha sido uma tentativa bem-intencionada, ela frequentemente resultava em censura dos usuários.

A Meta anunciou que substituirá seu atual programa de verificação de fatos, criado em 2016, por um sistema de "notas da comunidade" nos Estados Unidos. Anteriormente, publicações que pareciam falsas ou enganosas eram avaliadas por organizações independentes de checagem, e, se consideradas imprecisas, podiam ser marcadas com rótulos informativos e movidas para baixo nos feeds dos usuários. No novo sistema, serão os próprios usuários a adicionar comentários ou esclarecimentos sobre postagens que considerem incorretas.
Embora o sistema seja implementado inicialmente nos Estados Unidos, a Meta afirmou que não tem planos de eliminar os checadores de fatos terceirizados no Reino Unido ou na União Europeia. Esse modelo de "notas da comunidade" foi inspirado pelo X, que adotou uma abordagem similar após a aquisição por Elon Musk.

A mudança gerou preocupações sobre segurança online. A Fundação Molly Rose, do Reino Unido, expressou receio sobre os impactos, especialmente em conteúdos relacionados a suicídio e automutilação, alertando para possíveis consequências graves para crianças e jovens.
Por outro lado, a organização de checagem de fatos Full Fact, que participa do programa de verificação na Europa, refutou as alegações de parcialidade e criticou a mudança, considerando-a um retrocesso. Chris Morris, presidente-executivo da Full Fact, disse que a alteração é "decepcionante" e pode ter um efeito negativo globalmente.
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